quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Resenha: Astronauta Singularidade


Nome de Publicação: Astronauta Singularidade
Autor: Danilo Beyruth
ISBN: 9788583680871
N° de Páginas: 80
Edição:
Editora: Panini Books

Sobre o Autor: Danilo Beyruth

Sinopse: Em Singularidade, o Astronauta investiga um buraco negro, mas o que era uma missão científica se torna uma aventura muito perigosa. E, desta vez, ele não está sozinho em sua nave! Depois de Magnetar, Danilo Beyruth continua sua releitura do herói espacial de Mauricio de Sousa.

Marca Páginas: Não usei.

Período de Leitura: cerca de 30 minutos.

Resenha: A premissa de Singularidade já me atraiu logo do começo. Acho buracos negros tão misteriosos que acabam sendo muito interessantes. E adoro como o termo Singularidade é utilizado para definir algo tão "palpável", tão concreto (sei que a palavra não foi criada para o livro, mas já existe no meio científico mesmo, adoro analisar palavras). 

Os quadrinhos são uma obra de arte em si. Você poderia até ignorar todos os diálogos, e ficar maravilhado só de ver os traços de Beyruth, as cores do Peter. Magnetar já havia sido um trabalho bonito, mas Singularidade definitivamente mostrou o melhor trabalho da dupla.

A trama de Singularidade falha em pontos importantes. Por exemplo, a Doutora, chamada de Doutora, me empolgou muito pela semelhança com Doctor Who (ainda que a intenção seja apenas a de manter a linha de nomes das histórias do Astronauta - Astronauta Pereira). A personagem, porém, apesar de ter um papel bacana no começo, some ao longo do roteiro. Vira apenas mais uma mocinha apaixonada pelo galã. Ritinha era a paixão de Astronauta, e ela cansou de esperar por ele. Não condeno o romance entre a Doutora e o Astronauta, mas acho que Beyruth simplesmente desperdiçou uma personagem que poderia ter sido bem mais que a menina apaixonada que tem que ser resgatada pelo personagem principal. Nem todas as personagens femininas precisam disso, mas ela tinha um potencial enorme e sinto que isso não foi aproveitado.

Outro ponto que achei meio fraco foi o vilão. Gostei muito de ter um vilão, mas ficou claro desde o princípio do livro quem ele era, e ele agiu conforme aquilo que esperávamos. Talvez possa ser uma surpresa se a HQ for traduzida para o inglês, mas não é nada do que não esperaríamos no Brasil. As discussões entre os dois personagens foi bem bacana, porém. Dá para aprender bastante.

Por outro lado, acho que Danilo acertou, e muito, ao resgatar mais a essência do Astronauta do Maurício de Sousa. Aquilo de que senti falta em Magnetar estava nessa história. E isso foi muito bacana de ver. 

Outro ponto muito positivo foi o começo da trama, em que o Astronauta está sendo avaliado desde o retorno de sua última aventura. Ele está traumatizado, mas simplesmente não pertence à Terra. Para ser ele mesmo, precisa ir ao espaço. Para se recuperar de fato, precisa voltar a explorar o universo. 

O roteiro desse livro é melhor que de seu antecessor, assim como o trabalho gráfico. Mas a trama falhou em pontos muito importantes para mim.

Boas leituras singulares,

Dani



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